domingo, 2 de dezembro de 2012

CONFIRA OS COMENTÁRIOS DO PROF. JOAGNY SOBRE AS PROPOSTAS DE REDAÇÃO DA UEPB

COMENTÁRIO GERAL: A UEPB está de parabéns pela prova de Redação do Vestibular 2013. Foi uma prova extremamente fácil e com temas adequados aos gêneros solicitados. Não houve nenhuma surpresa desagradável, fato este que deixou os alunos muito à vontade. Apenas sentimos falta do Rei do Baião na prova. Seria uma linda homenagem colocá-lo como tema de, pelo menos, 1 redação. No mais, a prova foi excelente e temos certeza que nossos alunos se saíram muito bem no exame.

PROPOSTA 01: Como sempre, ARTIGO DE OPINIÃO é a cara da UEPB. Tenho certeza que a grande maioria dos alunos, ao verem a proposta 01, nem olharam a proposta 02 e já começaram a escrever seu texto. A temática também foi algo extremamente trabalhado em sala de aula e no cotidiano dos alunos, sendo presente, inclusive, em textos da prova de Linguagens do Enem (quando falava-se da digitalização e disponibilização virtual das obras de José de Alencar). O que a UEPB queria do candidato era saber sua opinião acerca do download de arquivos na internet. O candidato deveria ser enfático, defendendo ou sendo contra o ato de "baixar arquivos". Os que defendem poderiam citar que trata-se de uma forma de democratizar a cultura, já que comprar livros no nosso país, infelizmente, ainda é muito caro e é um privilégio para poucos. Se você disponibilizá-los na internet, gratuitamente, por exemplo, todos terão acesso e haverá a democratização da educação e da cultura, consolidando-se e pondo em prática o que diz a nossa Constituição. Você poderia até citar que artistas, hoje, a exemplo de Paulo Coelho, disponibilizam seus livros gratuitamente em seus sites pessoais. Lembrem-se que o texto da prova de Espanhol do Provão da UEPB 2013 que o cursinho realizou no último final de semana falava exatamente disso. Além disso, cantores já estão disponibilizando CDS virtuais para download. Já os que são contrários a esta prática, poderia argumentar que o atos de baixar vídeos e músicas na internet está incentivando a pirataria, que é considerada crime em nosso país. Como exemplo, você poderia citar o caso do filme Tropa de Elite 01 que, antes de ser lançado nos cinemas, já estava disponível para download na internet. Além do mais, você também poderia argumentar que, na grande maioria das vezes, junto dos arquivos, vêm diversos vírus capazes de adentrar em sua vida pessoal, através de roubo de senhas bancárias, senhas de redes sociais, etc. Era importante que o candidato NÃO FICASSE "EM CIMA DO MURO". O artigo de opinião exige que você seja enfático defendendo ou não determinado tema. Na conclusão, o candidato poderia dar uma solução para a questão destacando a forma de conciliação das 2 teses. Isto não ocasionaria fuga do gênero. Quanto à estrutura, vale destacar que o artigo de opinião é composto de um título, uma introdução, um desenvolvimento, uma conclusão e uma assinatura. O título é pessoal (você o cria), é diferente do tema e deve seguir as regras gerais (a exemplo: não pode ser destacado, nem você pode colocar ponto final no título, embora seja permitido o uso de interrogação e exclamação). Na introdução, o candidato iria apresentar a temática ao leitor já deixando clara sua opinião a respeito da mesma. No desenvolvimento, que poderia ser feito em mais de um parágrafo, o candidato iria expor seus argumentos, defendendo o seu ponto de vista. Na conclusão, ele iria reafirmar seu posicionamento, deixando clara uma solução para o problema. Por último, deveria pular uma linha e assinar com um pseudônimo ou com as iniciais (jamais você poderia assinar com seu próprio nome). ATENÇÃO: O artigo vai ser publicado em uma revista, mas isso não quer dizer que você tem que assinar no nome da revista, pois, se assim o fizesse, estaria fugindo do gênero: deixaria de ser artigo de opinião e passaria a ser editorial. Por último, vale destacar que, no artigo de opinião, não é permitido o uso da 1ª pessoa do singular (Eu) nem de verbos conjugados nesta pessoa, sob pena de fuga do gênero. A primeira pessoa do plural (Nós) é admitida).

PROPOSTA 02: A nosso ver, era a melhor proposta de redação da prova. A crônica, embora aparente ser um gênero difícil, não é! E quando se tem um tema bom, ela flui de forma tão intensa que o candidato se deleita na produção de seu texto. A proposta 02 trazia como temática a superação de uma crise numa situação do cotidiano. Convenhamos, quem de nós nunca passou por uma crise? A temática estava facílima. Bastava aplicá-la no gênero crônica que consiste numa simples narração, voltada para situações do cotidiano, e que desperte uma reflexão por parte do leitor. Você ia criar nada mais nada menos que uma historinha, onde, no final, deixaria uma crítica implícita em seu texto. No cenário que estamos vivendo atualmente, um excelente exemplo de crônica poderia ser a história de superação do sertanejo, do agricultor nordestino que, mesmo diante de tantas adversidades, consegue viver e dar graças a Deus por sua existência, por sua família, enfim, por seu lugar. A crônica é um texto que eu costumo classificar como livre, pois você pode escrevê-lo em quantos parágrafos quiser, na forma verbal que quiser e no tempo verbal que quiser. Você pode usar de sua criatividade, atribuindo características humanas a seres inanimados. A CRIATIVIDADE É A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DA CRÔNICA. Sua estrutura é composta de título, texto e assinatura. O título é pessoal (você o cria), é diferente do tema e deve seguir as regras gerais (a exemplo: não pode ser destacado, nem você pode colocar ponto final no título, embora seja permitido o uso de interrogação e exclamação). No caso da crônica, é interessante que o título seja bem sugestivo e crítico para despertar a atenção do leitor. O texto segue as mesmas características da narração, com a peculiaridade da presença de uma crítica implícita, de uma forma de despertar a atenção do leitor para a temática: apresentação dos personagens (que é a introdução da sua estória), problemática (o tema principal que norteia seu texto), clímax (o ponto máximo, o auge da estória que a prepara para o final) e o desfecho (o final que pode ser triste ou feliz, e que tem de despertar a consciência do leitor). No final, pula-se uma linha e assina-se com um pseudônimo ou com as iniciais. ATENÇÃO: A crônica vai ser publicada em um jornal de sua cidade, mas isso não quer dizer que você tem que assinar no nome do jornal, pois, se assim o fizesse, estaria fugindo do gênero. Excelente proposta. PARABÉNS, UEPB!

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