Método Socrático de Ensino

O Método Socrático de Ensino é uma forma de estimular o pensamento crítico dos alunos, levando-os a solucionarem seus próprios questionamentos. Seguindo as ideias de Sócrates, os alunos recebem, antecipadamente, por meio impresso ou eletrônico, textos complementares ao conteúdo discutido em sala de aula para que possa trabalhá-los durante a semana. Na aula seguinte, o professor torna-se mediador de um grande debate reflexivo entre os próprios alunos. No final, os discentes chegam a conclusões extraídas sem interferência do professor.
Trata-se de um método bastante desenvolvido na Fundação Getúlio Vargas e iniciado na Paraíba pelo professor Dr. Hugo César Araújo de Gusmão (professor de Direito Constitucional da UEPB).





HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL II
EIXO TEMÁTICO 06




Texto 01:
O clemente João VI no Rio: a redescoberta do Brasil...
Samba-Enredo da Escola São Clemente (2008)

Cerimônia na corte....fechou geral
Maria a louca "arraso" no visual
A São Clemente com requinte e fidalguia
Prepara a festa pra família real

No céu brilhou
O azul cintilante refletindo a nobreza
A corte se enfeitou
Celebrando a união das realezas
O povo festejou
Para orgulho da coroa portuguesa
O reino então se mudou
Meu Rio se transformou
Num grande centro de "Real" beleza
Um verdadeiro paraíso tropical

Entrada régias com florais e esculturas
O ritual do beija mão é sem igual
O amor impera em sublime poesia
Na corte em festa a alegria é geral


Com os portos abertos
Surgem amigas nações
Sob o olhar fuzileiro
Adeus colônia, pois o Rio é capital
Viagens pitorescas....."colorindo" a cidade
"Pinta" a arte francesa
O aclamado Rei de Portugal
Vê chegar a hora da partida
O Povo se rende na mais pura emoção
É eterno o carinho ao "Clemente João"
Grande monarca luso brasileiro
Receba a homenagem do meu Rio de Janeiro






HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL II
EIXO TEMÁTICO 05




Texto 01:

A CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Nós, o Povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma União mais perfeita, estabelecer a Justiça, assegurar a tranqüilidade interna, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral, e garantir para nós e para os nossos descendentes os benefícios da Liberdade, promulgamos e estabelecemos esta Constituição para os Estados Unidos da América.

A R T I G O I
Seção 1
Todos os poderes legislativos conferidos por esta Constituição serão confiados a um Congresso dos Estados Unidos composto de um Senado e de uma Câmara de Representantes.

Seção 2
1. A Câmara dos Representantes será composta de membros eleitos bianualmente pelo povo dos diversos Estados, devendo os eleitores em cada Estado possuir as mesmas qualificações exigidas dos eleitores da Assembleia Legislativa mais numerosa do respectivo Estado.
2. Não será eleito Representante quem não tiver atingido a idade de vinte e cinco anos, não for há sete anos cidadão dos Estados Unidos, e não for , por ocasião da eleição, habitante do Estado que o eleger.
3. (O número de Representantes, assim como os impostos diretos, serão fixados, para os diversos Estados que fizerem parte da União, segundo o número de habitantes, assim determinado: o número total de pessoas livres, incluídas as pessoas em estado de servidão por tempo determinado, e excluídos os índios não taxados, somar-se-ão três quintos da população restante) O recenseamento será feito dentro de três anos depois da primeira sessão do Congresso dos Estados Unidos, e, em seguida, decenalmente, de acordo com as leis que se adotarem. O número de Representantes não excederá de um por 30.000 pessoas, mas cada Estado terá no mínimo um representante. Enquanto não se fizer o recenseamento, o Estado de New Hampshire terá o direito de eleger três representantes, Massachussetts oito, Rhode Island e Providence Plantations um, Connecticut cinco, New York seis, New Jersey quatro, Pennsylvania oito, Delaware um, Maryland seis, Virginia dez, North Carolina cinco, South Carolina cinco, e Georgia três.
4. Quando ocorrerem vagas na representação de qualquer Estado, o Poder Executivo desse Estado fará publicar editais de eleição para o seu preenchimento.
5. A Câmara dos Representantes elegerá o seu Presidente demais membros da Mesa e exercerá, com exclusividade, o poder de indiciar por crime de responsabilidade (impeachment).

Seção 3
1. O Senado dos Estados Unidos será composto de dois Senadores de cada Estado, eleitos por seis anos pela respectiva Assembleia estadual, tendo cada Senador direito a um voto.
2. Logo após a reunião decorrente da primeira eleição, os Senadores dividir-se-ão em três grupos iguais, ou aproximadamente iguais. Decorridos dois anos ficarão vagas as cadeiras dos Senadores do primeiro grupo, as do segundo grupo findos quatro anos, e as do terceiro terminados seis anos, de modo a de fazer bianualmente a eleição de um terço do Senado. Se ocorrerem vagas, em virtude de renúncia, ou qualquer outra causa, durante o recesso da Assembleia estadual, o Executivo estadual poderá fazer nomeações provisórias até a reunião seguinte da Assembleia, que então preencherá as vagas.
3. Não será eleito Senador quem não tiver atingido a idade de trinta anos, não tiver sido por nove anos cidadão dos Estados Unidos, e não for, na ocasião da eleição, habitante do Estado que o eleger.
4. O vice-presidente dos Estados Unidos presidirá o Senado, mas não poderá votar, senão em caso de empate.
5. O Senado escolherá os demais membros da Mesa e também um Presidente pro-tempore, na ausência do Vice-Presidente, ou quando este assumir o cargo de Presidente dos Estados Unidos.
6. Só o Senado poderá julgar os crimes de responsabilidade (impeachment). Reunidos para esse fim, os Senadores prestarão juramento ou compromisso. O julgamento do Presidente dos Estados Unidos será presidido pelo Presidente da Suprema Corte: E nenhuma pessoa será condenada a não ser pelo voto de dois terços dos membros presentes.
7. A pena nos crimes de responsabilidade não excederá a destituição da função e a incapacidade para exercer qualquer função pública, honorífica ou remunerada, nos Estados Unidos. O condenado estará sujeito, no entanto, a ser processado e julgado, de acordo com a lei.

Seção 4
1. A época, os locais e os processos de realizar eleições para Senadores e Representantes serão estabelecidos, em cada Estado, pela respectiva Assembleia; mas o Congresso poderá, a qualquer tempo, fixar ou alterar, por meio da lei, tais normas, salvo quanto ao local de eleição dos Senadores.
2. O Congresso se reunirá pelo menos uma vez por ano, e essa reunião se dará na primeira segunda-feira de dezembro, salvo se, por lei, for designado outro dia.

Seção 5
1. Cada uma das Câmaras será o juiz da eleição, votação, e qualificação de seus próprios membros, e em cada uma delas a maioria constituirá o quórum necessário para deliberar; mas um número menor poderá prorrogar a sessão, dia a dia, e poderá ser autorizado a compelir os membros ausentes a comparecerem, do modo e mediante as penalidades que cada uma das Câmaras estabelecer.
2. Cada uma das Câmaras é competente para organizar seu regimento interno, punir seus membros por conduta irregular, e com o voto de dois terços, expulsar um de seus membros.
3. Cada uma das Câmaras lavrará atas de seus trabalhos e as publicará periodicamente, exceto nas partes que julgar conveniente conservar secretas; e os votos, pró e contra, dos membros de qualquer das Câmaras, sobre qualquer questão, a pedido de um quinto dos membros presentes serão consignados em ata.
4. Durante as sessões do Congresso, nenhuma das Câmaras poderá, sem o consentimento da outra, suspender os trabalhos por mais de três dias, ou realiza-los em local diferente daquele em que funcionam ambas as Câmaras.

Seção 6
1. Os Senadores e Representantes receberão, por seus serviços, remuneração estabelecida por lei e paga pelo Tesouro dos Estados Unidos. Durante as sessões, e na ida ou regresso delas, não poderão ser presos, a não ser por traição, crime comum ou perturbação da ordem pública. Fora do recinto das Câmaras, não terão obrigação de responder a interpelações acerca de seus discursos ou debates.
2. Nenhum Senador ou Representante poderá, durante o período para o qual foi eleito, ser nomeado para cargo público do Governo dos Estados Unidos que tenha sido criado ou cuja remuneração for aumentada nesse período; e nenhuma pessoa ocupando cargo no Governo dos Estados Unidos poderá ser membro de qualquer das Câmaras enquanto permanecer no exercício do cargo.

Seção 7
1. Todo projeto de lei aprovado pela Câmara dos Representantes e pelo Senado deverá, antes de se tornar lei, ser remetido ao Presidente dos Estados Unidos. Se o aprovar, ele o assinará; se não, o devolverá acompanhado de suas objeções à Câmara em que teve origem; esta então fará constar em atas objeções do Presidente, e submeterá o projeto a nova discussão. Se o projeto for mantido por maioria de dois terços dos membros dessa Câmara, será enviado, com as objeções, à outra Câmara, a qual também o discutirá novamente. Se obtiver dois terços dos votos dessa Câmara será considerado lei. Em ambas as Câmaras, os votos serão indicados pelo "Sim" ou "Não", consignando-se no livro de atas das respectivas Câmaras os nomes dos membros que votaram a favor ou contra o projeto de lei. Todo projeto que não for devolvido pelo Presidente no prazo de seis dias a contar da data de seu recebimento (excetuando-se os domingos) será considerado lei tal como se ele o tivesse assinado, a menos que o Congresso, suspendendo os trabalhos, torne impossível a devolução do projeto, caso em que este não passará a ser lei.
3. Toda ordem, resolução, ou voto, para o qual for necessária a anuência do Senado e da Câmara dos Representantes (salvo questões de suspensão das sessões), será apresentado ao Presidente dos Estados Unidos; e não entrará em vigor enquanto não for por ele aprovado. Se, porém, ele não o aprovar, serão precisos os votos de dois terços do Senado e da Câmara dos Representantes para entrar em vigor, conforme as regras e limitações previstas para os projetos de lei.

Seção 8
1. Será da competência do Congresso: Lançar e arrecadar taxas, direitos, impostos e tributos, pagar dívidas e prover a defesa comum e o bem-estar geral dos Estados Unidos; mas todos os direitos, impostos e tributos serão uniformes em todos os Estados Unidos;
2. Levantar empréstimos sobre o crédito dos Estados Unidos;
3. Regular o comércio com as nações estrangeiras, entre os diversos estados, e com as tribos indígenas;
4. Estabelecer uma norma uniforme de naturalização, e leis uniformes de falência para todo o país;
5. Cunhar moeda e regular o seu valor, bem como o das moedas estrangeiras, e estabelecer o padrão de pesos e medidas;
6. Tomar providências para a punição dos falsificadores de títulos públicos e da moeda corrente dos Estados Unidos;
7. Estabelecer agências e estradas para o serviço postal;
8. Promover o progresso da ciência e das artes úteis, garantindo, por tempo limitado, aos autores e inventores o direito exclusivo aos seus escritos ou descobertas;
9. Criar tribunais inferiores à Suprema Corte;
10. Definir e punir atos de pirataria e delitos cometidos em alto mar, e as infrações ao direito das gentes;
11. Declarar guerra, expedir cartas de corso, e estabelecer regras para apresamentos em terra e no mar.
12. Organizar e manter exércitos, vedada, porém, a concessão de crédito para este fim por período de mais de dois anos;
13. Organizar e manter uma marinha de guerra;
14. Regulamentar a administração e disciplina das forças de terra e mar;
15. Regular a mobilização da guarda nacional (milícia) para garantir o cumprimento das leis da União, reprimir insurreições, e repelir invasões;
16. Promover a organização, armamento, e treinamento da guarda nacional, bem como a administração de parte dessa guarda que for empregada no serviço dos Estados Unidos, reservando-se aos Estados a nomeação dos oficiais e a obrigação de instruir a milícia de acordo com a disciplina estabelecida pelo Congresso;
17. Exercer o poder legiferante exclusivo no distrito (não excedente a dez milhas quadradas) que, cedido por determinados Estados e aceito pelo Congresso, se torne a sede do Governo dos Estados Unidos, e exercer o mesmo poderem todas as áreas adquiridas com o consentimento da Assembleia do Estado em que estiverem situadas, para a construção de fortificações, armazéns, estaleiros e outros edifícios necessários; e
18. Elaborar todas as leis necessárias e apropriadas ao exercício dos poderes acima especificados e dos demais que a presente Constituição confere ao Governo dos Estados Unidos ou aos seus Departamentos e funcionários.

Seção 9
1. A migração ou a admissão de indivíduos, que qualquer dos Estados ora existentes julgar conveniente permitir, não será proibida pelo Congresso antes de 1808; mas sobre esta admissão poder-se-á lançar um imposto direto não superior a dez dólares por pessoa.
2. Não poderá ser suspenso o remédio do habeas corpus, exceto quando, em caso de rebelião ou de invasão, a segurança pública o exigir.
3. Não serão aprovados atos legislativos condenatórios sem o competente julgamento, assim como as leis penais com efeito retroativo.
4. Não será lançada capitação ou outra forma de imposto direto, a não ser na proporção do recenseamento da população segundo as regras anteriormente estabelecidas.
5. Não serão lançados impostos ou direitos sobre artigos importados por qualquer Estado.
6. Não se concederá preferência através de regulamento comercial ou fiscal, aos portos de um Estado sobre os de outro; nem poderá um navio, procedente ou destinado a um Estado, ser obrigado a aportar ou pagar direitos de trânsito ou alfândega em outro.
7. Dinheiro algum poderá ser retirado do Tesouro senão em conseqüência da dotação determinada em lei. Será publicado de tempos em tempos um balanço de receita e despesa públicas.
8. Nenhum título de nobreza será conferido pelos Estados Unidos, e nenhuma pessoa, neles exercendo um emprego remunerado ou honorífico poderá, sem licença do Congresso, aceitar dádivas, emolumentos, emprego, ou títulos de qualquer espécie, oferecidos por qualquer rei, príncipe, ou Estado estrangeiro.

Seção 10
1. Nenhum Estado poderá participar de tratado, aliança ou confederação; conceder cartas de corso; cunhar moeda; emitir títulos de crédito; autorizar, para pagamento de dívidas, o uso de qualquer coisa que não seja ouro e prata; votar leis de condenação sem julgamento, ou de caráter retroativo, ou que alterem as obrigações de contratos; ou conferir títulos de nobreza.
2. Nenhum Estado poderá, sem o consentimento do Congresso, lançar impostos ou direitos sobre a importação ou a exportação salvo os absolutamente necessários à execução de suas leis de inspeção; o produto líquido de todos os direitos ou impostos lançados sobre um Estado dobre a importação ou exportação pertencerá ao Tesouro des Estados Unidos, e todas as leis dessa natureza ficarão sujeitas à revisão e controle do Congresso.
3. Nenhum Estado poderá, sem o consentimento do Congresso, lançar qualquer direito de tonelagem, manter em tempo de paz exércitos ou navios de guerra, concluir tratados ou alianças, quer com outro Estado, quer com potências estrangeiras, ou entrar em guerra, a menos que seja invadido ou esteja em perigo tão iminente que não admita demora.

A R T I G O II
Seção 1

1. O Poder Executivo será investido em um Presidente dos Estados Unidos da América. Seu mandato será de quatro anos, e, juntamente com o Vice Presidente, escolhido para igual período, será eleito pela forma seguinte:
2. Cada Estado nomeará, de acordo com as regras estabelecidas por sua Legislatura, um número de eleitores igual ao número total de Senadores e Deputados a que tem direito no Congresso; todavia, nenhum Senador, Deputado, ou pessoa que ocupe um cargo federal remunerado ou honorífico poderá ser nomeado eleitor.
(Os eleitores se reunirão em seus respectivos Estados e votarão por escrutínio em duas pessoas, uma das quais, pelo menos, não será habitante do mesmo Estado. Farão a lista doas pessoas votadas e do número dos votos obtidos por cada um, e a enviarão firmada, autenticada e selada à sede do Governo dos Estados Unidos, dirigida ao Presidente do Senado. Este, na presença do Senado e da Câmara dos Representantes, procederá à abertura das listas e à contagem dos votos. Será eleito Presidente aquele que tiver obtido o maior número de votos, se esse número representar a maioria do total dos eleitores nomeados. No caso de mais de um candidato haver obtido essa maioria assim como número igual de votos, a Câmara dos Representantes elegerá imediatamente um deles, por escrutínio, para Presidente, mas se ninguém houver obtido maioria, a mesma Câmara elegerá, de igual modo, o Presidente dentre os cinco que houverem reunido maior número de votos. Nessa eleição do Presidente, porém, os votos serão tomados por Estados, cabendo um voto à representação de cada Estado. Para se estabelecer quórum necessário, deverão estar presentes um ou mais membros de dois terços dos Estados. Em qualquer caso, eleito o Presidente, o candidato que seguir com o maior número de votos será o vice-presidente. Mas se dois ou mais houverem obtido o mesmo número de votos, o Senado escolherá dentre eles, por escrutínio, o Vice-Presidente.)*
3. O Congresso pode fixar a época de escolha dos eleitores e o dia em que deverão votar; esse dia deverá ser o mesmo para todos os Estados Unidos.
4. Não poderá ser candidato a Presidente quem não for cidadão nato, ou não for, ao tempo da adoção desta Constituição, cidadão dos Estados Unidos. Não poderá, igualmente, ser eleito para esse cargo quem não tiver trinta e cinco anos de idade e quatorze anos de residência nos Estados Unidos.
5. No caso de destituição, morte, ou renúncia do Presidente, ou de incapacidade para exercer os poderes e obrigações de seu cargo, estes passarão ao Vice-Presidente. O Congresso poderá por lei, em caso de destituição, morte, renúncia, ou incapacidade tanto do Presidente quanto do Vice-Presidente, determinar o funcionário que deverá exercer o cargo de Presidente, até que cesse o impedimento ou seja eleito outro Presidente.
6. Em épocas determinadas, o Presidente receberá por seus serviços uma remuneração que não poderá ser aumentada nem diminuída durante o período para o qual for eleito, e não receberá, durante este período, nenhum emolumento dos Estados Unidos ou de qualquer dos Estados.
7. Antes de entrar no exercício do cargo, fará o juramento ou afirmação seguinte: "Juro (ou afirmo) solenemente que desempenharei fielmente o cargo de Presidente dos Estados Unidos, e que da melhor maneira possível preservarei, protegerei e defenderei a Constituição dos Estados Unidos."

Seção 2
1. O presidente será o chefe supremo do Exército e da Marinha dos Estados Unidos, e também da Milícia dos diversos estados, quando convocadas ao serviço ativo dos Estados Unidos. Poderá pedir a opinião, por escrito, do chefe de cada uma das secretarias do Executivo sobre assuntos relativos às respectivas atribuições. Terá o poder de indulto e de graça por delitos contra os Estados Unidos, exceto nos casos de Impeachment.
2. Ele poderá, mediante o parecer e aprovação do Senado, concluir tratados, desde que dois terços dos senadores presentes assim o decidam. Nomeará, mediante o parecer e aprovação do Senado, os embaixadores e outros ministros e cônsules, juízes do Supremo Tribunal, e todos os funcionários dos Estados Unidos cujos cargos, criados por lei, não têm nomeação prevista nesta Constituição. O Congresso poderá, por lei, atribuir ao Presidente, aos tribunais de justiça, ou aos chefes das secretarias a nomeação dos funcionários subalternos, conforme julgar conveniente.
3. O Presidente poderá preencher as vagas ocorridas durante o recesso do Senado, fazendo nomeações que expirarão no fim da sessão seguinte.

Seção 3
O Presidente deverá prestar ao Congresso, periodicamente, informações sobre o estado da União, fazendo ao mesmo tempo as recomendações que julgar necessárias e convenientes. Poderá, em casos extraordinários, covocar ambas as Câmaras, ou uma delas, e, havendo entre elas divergências sobre a época da suspensão dos trabalhos, poderá suspender as sessões até a data que julgar conveniente. Receberá os embaixadores e outros diplomatas; zelará pelo fiel cumprimento das leis, e conferirá as patentes aos oficiais dos Estados Unidos.

Seção 4
O Presidente, o Vice-Presidente, e todos os funcionários civis dos Estados Unidos serão afastados de suas funções quando indiciados e condenados por traição, suborno, ou outros delitos ou crimes graves.

A R T I G O III
Seção 1
O Poder Judiciário dos Estados Unidos será investida em uma -Suprema Corte e nos tribunais inferiores que forem oportunamente estabelecidos por determinações do Congresso. Os juízes, tanto da Suprema Corte como dos tribunais inferiores, conservarão seus cargos enquanto bem servirem, e perceberão por seus serviços uma remuneração que não poderá ser diminuída durante a permanência no cargo.

Seção 2
1. A competência do Poder Judiciário se estenderá a todos os casos de aplicação da Lei e da Eqüidade ocorridos sob a presente Constituição, as leis dos Estados Unidos, e os tratados concluídos ou que se concluírem sob sua autoridade; a todos os casos que afetem os embaixadores, outros ministros e cônsules; a todas as questões do almirantado e de jurisdição marítima; às controvérsias em que os Estados Unidos sejam parte; as controvérsias entre dois ou mais Estados, entre um Estado e cidadãos de outro Estado, entre cidadãos de diferentes Estados, entre cidadãos do mesmo Estado reivindicando terras em virtude de concessões feitas por outros Estados, enfim, entre um Estado, ou os seus cidadãos, e potências, cidadãos, ou súditos estrangeiros.
2. Em todas as questões relativas a embaixadores, outros ministros e cônsules, e naquelas em que se achar envolvido um Estado, a Suprema Corte exercerá jurisdição originária. Nos demais casos supracitados, a Suprema Corte terá jurisdição em grau de recurso, pronunciando-se tanto sobre os fatos como sobre o direito, observando as exceções e normas que o Congresso estabelecer.
3. O julgamento de todos os crimes, exceto em casos de impeachment, será feito por júri, tendo lugar o julgamento no mesmo Estado em que houverem ocorrido os crimes; e, se não houverem ocorrido em nenhum dos Estados, o julgamento terá lugar na localidade que o Congresso designar por lei.

Seção 3
1. A traição contra os Estados Unidos consistirá, unicamente, em levantar armas contra eles, ou coligar-se com seus inimigos, prestando-lhes auxílio e apoio. Ninguém será condenado por traição se não mediante o depoimento de duas testemunhas sobre o mesmo ato, ou mediante confissão em sessão pública do tribunal.
2. O congresso terá o poder de fixar a pena por crime de traição, mas não será permitida a morte civil ou o confisco de bens, a não ser durante a vida do condenado.

A R T I G O IV
Seção 1
Em cada Estado se dará inteira fé e credito aos atos públicos, registros e processos judiciários de todos os outros Estados. E o Congresso poderá, por leis gerais, prescrever a maneira pela qual esses atos, registros e processos devem ser provados, e os efeitos que possam produzir.

Seção 2
1. Os cidadãos de cada Estado terão direito nos demais Estados a todos os privilégios e imunidades que estes concederem aos seus próprios cidadãos.
2. A pessoa acusada em qualquer Estado por crime de traição, ou outro delito, que se evadir da justiça e for encontrada em outro Estado será, a pedido da autoridade executiva do Estado de onde tiver fugido, presa e entregue ao Estado que tenha jurisdição sobre o crime.
3. Nenhuma pessoa sujeita a regime servil sob as leis de um Estado que se evadir para outro Estado poderá, em virtude das leis ou normas deste, ser libertada de sua condição, mas será devolvida, mediante pedido, à pessoa a que estiver submetida.

Seção 3
1. O congresso pode admitir novos Estados à União, mas não se poderá formar ou criar um novo Estado dentro da Jurisdição de outro; nem se poderá formar um novo Estado pela união de dois ou mais Estados, ou de partes de Estados, sem o consentimento das das legislaturas dos Estados interessados, assim como o do Congresso.
2. O Congresso poderá dispor do território e de outras propriedades pertencentes ao governo dos Estados Unidos, e quanto a eles baixar leis e regulamentos. Nenhuma disposição desta Constituição se interpretará de modo a prejudicar os direitos dos Estados Unidos ou de qualquer dos Estados.

Seção 4
Os Estados Unidos garantirão a cada Estado desta União a forma republicana de foverno e defende-lo-ão contra invasões; e, a pedido da Legislatura, ou do Executivo, estando aquela impossibilitada de se reunir, o defenderão em casos de comoção interna.

A R T I G O V
Sempre que dois terços dos membros de ambas as Câmaras julgarem necessário, o Congresso proporá emendas a esta Constituição, ou, se as legislaturas de dois terços dos Estados o pedirem, convocará uma convenção para propor emendas, que, em um e outro caso, serão válidas para todos os efeitoscomo parte desta Constituição, se forem ratificadas pelas legislaturas de três quartos dos Estados ou por convenções reunidas para este fim em três quartos deles, propondo uma ou outra dessas maneiras de ratificação. Nenhuma emenda poderá, antes do ano 1808, afetar de qualquer forma as cláusulas primeira e quarta da Seção 9, do Artigo I, e nenhum Estado poderá ser privado, sem seu consentimento, de sua igualdade de sufrágio no Senado.

A R T I G O VI
1. Todas as dívidas e compromissos contraídos antes da adoção desta Constituição serão tão válidas contra os Estados Unidos sob o regime desta Constituição, como o eram durante a Confederação.
2. Esta Constituição e as leis complementares e todos os tratados já celebrados ou por celebrar sob a autoridade dos Estados Unidos constituirão a lei suprema do país; os juízes de todos os Estados serão sujeitos a ela, ficando sem efeito qualquer disposição em contrário na Constituição ou nas leis de qualquer dos Estados.
3. Os Senadores e os Representantes acima mencionados, os membros das legislaturas dos diversos Estados, e todos os funcionários do Poder Executivo e do Judiciário, tanto dos Estados Unidos como dos diferentes Estados, obrigar-se-ão por juramento ou declaração a defender esta Constituição. Nenhum requisito religioso poderá ser eregido como condição para nomeação para cargo público.

A R T I G O VII
A ratificação por parte das convenções de nove Estados será suficiente para a adoção desta Constituição nos Estados que a tiverem ratificado.
Dado em Convenção, com a aprovação unânime dos Estados presentes, a 17 de setembro do ano do Nosso Senhor de 1787, e décimo segundo da Independência dos Estados Unidos. Em testemunho do que, assinamos abaixo os nossos nomes.

G. Washington
Presidente e delegado da Virginia.


Texto 02:

DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
26 de agosto de 1789

Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas das infelicidades públicas e da corrupção dos governos, resolveram expor, numa Declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta Declaração, constantemente presente a todos os membros do corpo social, lhes lembre sem cessar seus direitos e deveres; de modo que seus atos do poder legislativo e do poder executivo, podendo ser a qualquer momento confrontados com o fim de toda instituição política, sejam mais respeitados, para que as reclamações dos cidadãos, fundamentadas em geral em princípios simples e incontestáveis, voltem-se sempre para a manutenção da Constituição e a felicidade geral.
Por conseguinte, a Assembleia Nacional reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser supremo, os seguintes direitos do homem e do cidadão:

Art. 1º. Os homens nascem e vivem livres e iguais em direitos. As diferenças sociais só podem ser fundamentadas no interesse comum.

Art. 2º. O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Art. 3º. O princípio de toda Soberania reside essencialmente na Nação. Nenhuma instituição nem nenhum indivíduo pode exercer autoridade que não emane expressamente dela.

Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique outro: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem tem como única baliza a que assegura aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Essas balizas só podem ser determinadas pela Lei.

Art.5º. A lei só pode proibir as ações prejudiciais à sociedade. Tudo o que não for proibido por lei não pode ser impedido, e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordena.

Art.6º. A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer para sua formação, pessoalmente ou através de seus representantes. Ela deve ser a mesma para todos, seja aos que protege, seja aos que pune. Todos os cidadãos sendo iguais aos seus olhos são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outra distinção, além de suas virtudes e seus talentos.

Art. 7º. Nenhum homem pode ser acusado, preso ou detido senão quando assim determinado pela lei e de acordo com as formas que ela prescreveu. Os que solicitam, expedem, executam ou fazem executar ordens arbitrárias devem ser punidos. Mas todo homem intimado ou convocado em nome da lei deve obedecer imediatamente: ele se torna culpado pela resistência.

Art. 8º. A lei só deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada anteriormente ao delito e legalmente aplicada.

Art. 9º. Todo homem é presumido inocente até ser declarado culpado. No caso de se julgar indispensável sua prisão, qualquer excesso desnecessário para se assegurar de sua pessoa deve ser severamente reprimido pela lei.

Art. 10º. Ninguém deve ser perseguido por suas opiniões, mesmo religiosas, desde que sua manifestação não atrapalhe a ordem pública estabelecida pela lei.

Art. 11º. A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem: todo cidadão pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, embora deva responder pelo abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei.

Art. 12º. A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública: essa força é, portanto, instituída para o benefício de todos e não para a utilidade particular daqueles a quem ela está confiada.

Art. 13º. Para a manutenção da força pública e para as despesas da administração, uma contribuição comum é indispensável: ela deve ser igualmente repartida entre todos os cidadãos, de acordo com suas faculdades.

Art. 14º. Os cidadãos têm o direito de constatar, por si mesmos ou por seus representantes, a necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente e de vigiar seu emprego, de determinar sua quota, lançamento, recuperação e duração.

Art. 15º. A sociedade tem o direito de pedir contas de sua administração a todos os agentes do poder público.

Art. 16º. Toda a sociedade onde a garantia dos direitos não está assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem Constituição.

Art. 17º. Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser dele privado senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, assim o exija evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia indenização.



Texto 03:

La Marseillaise

La Marseillaise (A Marselhesa, em português) é o hino nacional da França. Foi composto pelo oficial Claude Joseph Rouget de Lisle em 1792, da divisão de Estrasburgo, como canção revolucionária. A canção adquiriu grande popularidade durante a Revolução Francesa, especialmente entre as unidades do exército de Marselha, ficando conhecida como A Marselhesa.

Seu título era originalmente Canto de Guerra para o Exército do Reno. O hino foi composto por Rouget de Lisle, oficial do exército francês e músico autodidata, a pedido do prefeito de Estrasburgo, Philippe-Frédéric de Dietrich, dias depois da declaração de guerra ao imperador da Áustria, em 25 de abril de 1792. O canto deveria ser um estímulo para encorajar os soldados no combate de fronteira, na região do rio Reno.

A canção obteve sucesso imediato e em pouco tempo, por intermédio de viajantes, chegou à Provença, no sudeste da França. Um mês depois, a canção chegava a Paris com os soldados federados marselheses, que a cantaram durante todo o percurso. Desde então, passou a ser associada à cidade de Marselha. No dia 4 de agosto o jornal La Chronique de Paris evocou o canto dos marselheses, e seis dias depois ele seria entoado durante a famosa tomada do Palácio das Tulherias.

Em 20 de setembro de 1792, o exército revolucionário, comandado pelo general Dumouriez, venceu a Batalha de Valmy, travada contra a nobreza francesa e seus aliados austríacos e prussianos, que tentavam derrubar o regime instaurado em 1789. Na ocasião, Servan de Gerbey, ministro da Guerra da França, escreveu a Dumouriez: "O hino conhecido pelo nome de La Marseillaise é o Te Deum da República". [1]

Em 1795, foi instituída pela Convenção como hino nacional.

Napoleão Bonaparte baniu A Marselhesa durante o império, assim como Luís XVIII na segunda restauração, devido ao seu caráter revolucionário. A revolução de 1830 restabeleceu-lhe o status de hino nacional, sendo inclusive reorquestrada por Hector Berlioz na década de 1830. Entretanto, Napoleão III tornaria a banir a canção até que, em 1879, com a instauração da III República, a canção foi definitivamente confirmada como o hino nacional francês, ato esse reafirmado nas constituições de 1946 e 1958.

La Marseillaise
Allons enfants de la Patrie, Avante, filhos da Pátria,
Le jour de gloire est arrivé! O dia da Glória chegou!
Contre nous de la tyrannie, Contra nós da tirania,
L'étendard sanglant est levé, (bis) O estandarte ensanguentado se ergueu.(bis)
Entendez-vous dans les campagnes Ouvis nos campos
Mugir ces féroces soldats? Rugir esses ferozes soldados?
Ils viennent jusque dans vos bras Vêm eles até os vossos braços
Égorger vos fils, vos compagnes! Degolar vossos filhos, vossas mulheres!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Que veut cette horde d'esclaves, O que quer essa horda de escravos,
De traîtres, de rois conjurés? De traidores, de reis conjurados?
Pour qui ces ignobles entraves, Para quem (são) esses ignóbeis entraves,
Ces fers dès longtemps préparés? (bis) Esses grilhões há muito tempo preparados? (bis)
Français, pour nous, ah! quel outrage Franceses, para nós, ah! que ultraje
Quels transports il doit exciter! Que comoção deve suscitar!
C'est nous qu'on ose méditer É a nós que ousam considerar
De rendre à l'antique esclavage! Fazer retornar à antiga escravidão!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Quoi! des cohortes étrangères O quê! Tais multidões estrangeiras
Feraient la loi dans nos foyers! Fariam a lei em nossos lares!
Quoi! ces phalanges mercenaires O quê! Essas falanges mercenárias
Terrasseraient nos fiers guerriers! (bis) Arrasariam os nossos nobres guerreiros! (bis)
Grand Dieu! par des mains enchaînées Grande Deus! Por mãos acorrentadas
Nos fronts sous le joug se ploieraient Nossas frontes sob o jugo se curvariam
De vils despotes deviendraient E déspotas vis tornar-se-iam
Les maîtres de nos destinées! Os mestres dos nossos destinos!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Tremblez, tyrans et vous perfides Tremei, tiranos! e vós pérfidos,
L'opprobre de tous les partis, O opróbrio de todos os partidos,
Tremblez! vos projets parricides Tremei! vossos projectos parricidas
Vont enfin recevoir leurs prix ! (bis) Vão finalmente receber seu preço! (bis)
Tout est soldat pour vous combattre, Somos todos soldados para vos combater.
S'ils tombent, nos jeunes héros, Se tombarem os nossos jovens heróis,
La terre en produit de nouveaux, A terra novos produzirá,
Contre vous tout prêts à se battre ! Contra vós, todos prestes a lutarem!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Français, en guerriers magnanimes, Franceses, guerreiros magnânicos,
Portez ou retenez vos coups! Levai ou retende os vossos tiros!
Épargnez ces tristes victimes, Poupai essas tristes vítimas,
À regret s'armant contre nous. (bis) A contragosto armando-se contra nós. (bis)
Mais ces despotes sanguinaires, Mas esses déspotas sanguinários,
Mais ces complices de Bouillé, Mas esses cúmplices de Bouillé,
Tous ces tigres qui, sans pitié, Todos os tigres que, sem piedade,
Déchirent le sein de leur mère ! Rasgam o seio de suas mães!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Amour sacré de la Patrie, Amor Sagrado pela Pátria
Conduis, soutiens nos bras vengeurs Conduz, sustém nossos braços vingativos.
Liberté, Liberté chérie, Liberdade, liberdade querida,
Combats avec tes défenseurs ! (bis) Combate com os teus defensores! (bis)
Sous nos drapeaux que la victoire Debaixo as nossas bandeiras, que a vitória
Accoure à tes mâles accents, Chegue logo às tuas vozes viris!
Que tes ennemis expirants Que teus inimigos agonizantes
Voient ton triomphe et notre gloire ! Vejam teu triunfo, e nós a nossa glória.

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

(Couplet des enfants) (Verso das crianças)
Nous entrerons dans la carrière, Entraremos na carreira (militar),
Quand nos aînés n'y seront plus, Quando nossos anciãos não mais lá estiverem.
Nous y trouverons leur poussière Lá encontraremos suas cinzas
Et la trace de leurs vertus (bis) E o resquício das suas virtudes (bis)
Bien moins jaloux de leur survivre Bem menos desejosos de lhes sobreviver
Que de partager leur cercueil, Que de partilhar seus caixões,
Nous aurons le sublime orgueil Teremos o sublime orgulho
De les venger ou de les suivre. De vingá-los ou de segui-los.

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchons, marchons! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!

Aux armes, citoyens, Às armas, cidadãos,
Formez vos bataillons, Formai vossos batalhões,
Marchez, marchez! Marchemos, marchemos!
Qu'un sang impur Que um sangue impuro
Abreuve nos sillons! Banhe o nosso solo!


Texto 04:

Napoleão
Ney Matogrosso

Napoleão com seus cem soldados (3x)

Napoleão viveu com seus cem soldados
Napoleão comeu com seus cem soldados
Napoleão dormiu com seus cem soldados
Napoleão brigou com seus cem soldados
Napoleão venceu com seus cem soldados
Napoleão morreu com seus cem soldados
Napoleão com seus cem soldados

Um morreu de frente o outro morreu de lado
Um morreu deitado e o outro morreu sorridente
Um era soldado o outro era presidente
Ah, um era meu avô o outro era filho meu
Um morreu decapitado e outro morreu soluçando
Um até morreu gritando, cada qual mais diferente

Ai, ai, ai, quedê, ai ai ai quedê quedê
Quedê quedê quedê quedê quedê quedê

Mas quem é que sabe o nome desses cem soldados
Napoleão com seus cem soldados
Quem é que sabe o sobrenome desses cem soldados
Napoleão com seus cem soldados
Cem soldados sem velório, cem guerreiros sem história
Napoleão com seus cem soldados
Cem minutos sem memória, sem certo e sem errado
Napoleão com seus cem soldados
E quem sabe me dizer se eram cem soldados
Eu quero ver pra acreditar, eu quero ver, eu quero ver

  















HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL II
EIXO TEMÁTICO 04



TEXTO 01:

TROPEIROS DA BORBOREMA
Luiz Gonzaga


Estala relho marvado
Recordar hoje é meu tema
Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema
São tropas de burros que vêm do sertão
Trazendo seus fardos de pele e algodão
O passo moroso só a fome galopa
Pois tudo atropela os passos da tropa
O duro chicote cortando seus lombos
Os cascos feridos nas pedras aos tompos
A sede e a poeira o sol que desaba
Rolando caminho que nunca se acaba
Estala relho marvado
Recordar hoje é meu tema
Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema
Assim caminhavam as tropas cansadas
E os bravos tropeiros buscando pousada
Nos ranchos e aguadas dos tempos de outrora
Saindo mais cedo que a barra da aurora
Riqueza da terra que tanto se expande
E se hoje se chama de Campina Grande
Foi grande por eles que foram os primeiros
Ó tropas de burros, ó velhos tropeiros.

  














HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL II
EIXO TEMÁTICO 03



TEXTO 01:

ENGENHO VELHO
Flávio José

Engenho velho gemedor
Foste o grande pioneiro
Se eu esqueço não me engana
Tu moía toda cana
Que trazia o cambiteiro
De uma légua de distância
A gente já escutava
O aboio do vaqueiro
O estalo do chicote
Que tangia o magote
De boi gordo e tão faceiro.

Engenho velho pra você
Ainda tiro meu chapéu
Eu me lembro da doçura
Do sabor da rapadura
Da garapa e do teu mel
Hoje passando em teu terreiro
O meu velho pioneiro
Que saudade que me deu.

As moendas enferrujando
A madeira se rachando
E teu destino é igual ao meu. (Bis)

TEXTO 02:

NORDESTE INDEPENDENTE
Elba Ramalho
Composição : Bráulio Tavares/Ivanildo Vilanova

Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito
Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Dividindo a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria o senador
O cassaco de roça era o suplente
Cantador de viola o presidente
O vaqueiro era o líder do partido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar

O arroz, o agave do lugar
O petróleo, a cebola, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Se isso aí se tornar realidade
E alguém do Brasil nos visitar
Nesse nosso país vai encontrar
Confiança, respeito e amizade
Tem o pão repartido na metade,
Temo prato na mesa, a cama quente
Brasileiro será irmão da gente
Vai pra lá que será bem recebido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Eu não quero, com isso, que vocês
Imaginem que eu tento ser grosseiro
Pois se lembrem que o povo brasileiro
É amigo do povo português
Se um dia a separação se fez
Todos os dois se respeitam no presente
Se isso aí já deu certo antigamente
Nesse exemplo concreto e conhecido
Imagina o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

TEXTO 03:

EXALTAÇÃO A TIRADENTES
Cauby Peixoto
Composição : Penteado - Mano Décio da Viola)

Joaquim José da Silva Xavier
Morreu a vinte e um de abril
Pela independência do Brasil
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim José da Silva Xavier
Era o nome de Tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande herói
Para sempre há de ser lembrado


TEXTO 04:

Esse Negro Não Se Enxerga

Batacotó

Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Põe na cara desse negro, focinheira de latão
Põe golilha no pescoço, um tronco no coração
Nos dedos lhe põe anjinhos e no pé põe um grilhão
Dá-lhe com a Santa Luzia na grossa palma da mão
Mas cuidado com esse negro
Que esse negro é o cão
E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Muda o nome que ele trouxe em seu caçanje de nação
Ensina língua de gente, dá batismo de cristão
Põe um colete de couro, ele é negro turrão
Dá-lhe vara de marmelo, bacalhau e cinturão
Mas cuidado com esse negro
Que esse negro é cão
E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Não dá nada pra esse negro pra ele não ser cidadão
Pra morar deixa pra ele só morro, hospício e prisão
Diz que ele não tem passado, nem heróis, nem tradição
Que ele só sabe é de samba, de bola e superstição
Mas cuidado com esse negro
Que esse negro é o cão
E se um dia ele se solta, Iaiá, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Não sei, não, não sei, não
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar
Esse negro não se enxerga
Não conhece o seu lugar
Esse negro não se enverga
Esse negro é de amargar...

  













HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL II
EIXO TEMÁTICO 01

Texto 01:
95 TESES DE LUTERO

Com um desejo ardente de trazer a verdade à luz, as seguintes teses serão defendidas em Wittenberg sob a presidência do Rev. Frei Martinho Lutero, Mestre de Artes, Mestre de Sagrada Teologia e Professor oficial da mesma. Ele, portanto, pede que todos os que não puderem estar presentes e disputar com ele verbalmente, façam-no por escrito.
Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.
1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados. Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa[1], pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinas incompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina[2].
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.[3]
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou pelo menos dá ocasião para tanto.[4]
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.[5]
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.[6]
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.[7]
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais, na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica – que é uma causa tão insignificante?
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz![8]
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.
[1517 A.D.]

Texto 02:


Texto 03:


Texto 04:


Texto 05:
Texto 06:

Texto 07:
  












HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL I
EIXO TEMÁTICO 03

Texto 01:
YERUSHALAIM SHEL ZAHAV (HINO DE JERUSALÉM)

Jerusalém que um dia viveu em esplendor
Teve seus muros derrubados, mas não perdeu o seu valor
Voltando do cativeiro,seu povo então chorou
Vendo ergue-te novamente, a esperar o teu Senhor

Jerusalém,Jerusalém,o teu dia vai raiar
Desperta e clama em alta voz, o Messias irá chegar

Jerusalém abra tuas portas e deixa o Rei entrar
Quem é este Rei da glória Poderoso prá guerrear
Ele é forte, invencível por ti irá lutar
Se romperá a tua luz e para sempre irás brilhar

Jerusalém,Jerusalém o teu dia vai raiar
Desperta e clama em alta voz, Jeová Jire aqui está

Jerusalém agora és nova as portas se abrirão
Recolhendo todo o povo a proclamar a redenção
Sua luz é tão resplandecente, teus muros ouro são
Reinará justiça e paz e para sempre salvação

Jerusalém, Jerusalém o teu dia já raiou
És mui formosa,és desejada, o Senhor te resgatou

Texto 02:

Texto 03:

Texto 04:


Texto 05:
  












HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL I
EIXO TEMÁTICO 02

Texto 01:
MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA
Zé Ramalho
Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
 Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
 Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
 Faz o homem gemer sem sentir dor

Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
 A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
 E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor

A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
 Faz o homem gemer sem sentir dor

Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
 Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor 
Texto 02:
Texto 03:
UM CERTO GALILEU
Padre Zezinho
Um certo dia, a beira mar
Apareceu um jovem Galileu
Ninguém podia imaginar
Que alguém pudesse amar do jeito que ele amava
Seu jeito simples de conversar
Tocava o coração de quem o escutava

E seu nome era Jesus de Nazaré
Sua fama se espalhou e todos vinham ver
O fenômeno do jovem pregador
Que tinha tanto amor

Naquelas praias, naquele mar
Naquele rio, em casa de Zaqueu
Naquela estrada, naquele sol
E o povo a escutar histórias tão bonitas
Seu jeito amigo de se expressar
Enchia o coração de paz tão infinita

Em plena rua, naquele chão
Naquele poço e em casa de Simão
Naquela relva, no entardecer
O mundo viu nascer a paz de uma esperança
Seu jeito puro de perdoar
Fazia o coração voltar a ser criança

Um certo dia, ao tribunal
Alguém levou o jovem Galileu
Ninguém sabia qual foi o mal
E o crime que ele fez; quais foram seus pecados
Seu jeito honesto de denunciar
Mexeu na posição de alguns privilegiados

E mataram a Jesus de Nazaré
E no meio de ladrões puseram sua cruz
Mas o mundo ainda tem medo de Jesus
Que tinha tanto amor

Texto 04:

 












HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL I
EIXO TEMÁTICO 01

Texto 01:
FOI DEUS QUEM FEZ VOCÊ 
Amelinha
Foi Deus que fez o céu
o rancho das estrelas
Fez também
O seresteiro para conversar com elas
Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente
Que expulsou mais de um milhão
Do paraíso
Foi Deus que fez você
Foi Deus que fez o amor
Fez nascer a eternidade
Num momento de carinho
Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos
Foi Deus
Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos
Foi Deus que fez o orvalho
Que molha o teu olhar
Teu olhar
Foi Deus que fez a noite
E o violão plangente
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar, para amar
Só para amar
Só para amar

Texto 02:
  

Texto 03:

FARAÓ DIVINDADE DO EGITO
Olodum

Deuses!
Divindade infinita do universo
Predominante
Esquema Mitológico
A ênfase do espírito original
Exu!
Formará
No Eden um novo cósmico...

A Emersão!
Nem Osíris sabe
Como aconteceu
A Emersão!
Nem Osíris sabe
Como aconteceu...

A Ordem ou submissão
Do olho seu
Transformou-se
Na verdadeira humanidade...

Epopéia!
Do código de Gerbi
Eu falei Nuti
E Nuti!
Gerou as estrelas...

Osiris!
Proclamou matrimônio com Isis
E o mal Seth
Hiradu assassinou
Impera-ar
Horus levando avante
A vingança do pai
Derrotando o império
Do mal Seth
Ao grito da vitória
Que nos satisfaz...

Cadê?
Tutacamom
Hei Gize!
Akhaenaton
Hei Gize!
Tutacamom
Hei Gize!
Akhaenaton...

Eu falei Faraó
Êeeeeh Faraó!
É!
Eu clamo Olodum Pelourinho
Êeeeeh Faraó!
É!
Pirâmide da paz e do Egito
Êeeeeh Faraó!
É!
Eu clamo Olodum Pelourinho
Êeeeeh Faraó!

É!
Que Mara Mara
Maravilha Êh!
Egito, Egito Êh!
É!
Que Mara Mara
Maravilha Êh!
Egito, Egito Êh!
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!

Hum! Pelourinho
Uma pequena comunidade
Que porém Olodum um dia
Em laço de confraternidade
Despertai-vos
Para cultura Egípcia
No Brasil
Em vez de cabelos trançados
Veremos turbantes
De Tutacamom...

E nas cabeças
Enchei-se de liberdade
O povo negro pede igualdade
Deixando de lado
As separações...

Cadê?
Tutacamom
Hei Gize!
Akhaenaton
Hei Gize!
Tutacamom
Hei Gize!
Akhaenaton...

Eu falei Faraó!
Êeeeeh Faraó!
É!
Eu clamo Olodum Pelourinho
Êeeeeh Faraó!
É!
Pirâmide da paz e do Egito
Êeeeeh Faraó!
É!
Eu clamo Olodum Pelourinho
Êeeeeh Faraó!

É!
Que Mara Mara
Maravilha Êh!
Egito, Egito Êh!
Egito, Egito Êh!
É!
Que Mara Mara
Maravilha Êh!
Egito, Egito Êh!
Egito Egito Ê
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!
Faraó ó ó ó Ó!


Texto 04:

(...) Quando o Faraó deixou o povo partir, Deus não o guiou pelo caminho da Palestina, que é o mais curto, porque Deus achou que, diante dos ataques, o povo se arrependeria e voltaria para o Egito. Então Deus fez o povo dar uma volta pelo deserto até o Mar Vermelho. Os filhos de Israel saíram do Egito bem armados. Moisés levou consigo os ossos de José, pois este havia feito os filhos de Israel jurar solenemente: "Quando Deus intervier em favor de vocês, levem meus ossos daqui".
Partiram de Sucot e acamparam em Etam, à beira do deserto. Javé ia na frente deles: de dia, numa coluna de nuvem, para guiá-los; de noite, numa coluna de fogo, para iluminá-los. Desse modo, podiam caminhar durante o dia e a noite. De dia, a coluna de nuvem não se afastava do povo, nem de noite a coluna de fogo.
Javé falou a Moisés: "Diga aos filhos de Israel que voltem e acampem em Piairot, entre Magdol e o mar, diante de Baal Sefon; aí vocês acamparam, junto ao mar. O Faraó irá pensar que os filhos de Israel andam errantes pelo país e que o deserto os bloqueou. Eu endurecerei o coração do Faraó, que os perseguirá. Então eu mostrarei a minha honra, derrotando o Faraó e todo o seu exército; e os egípcios saberão que eu sou Javé". E os filhos de Israel assim fizeram.
Quando comunicaram ao rei do Egito que o povo tinha fugido, o Faraó e seus Ministros mudaram de opinião sobre o povo e disseram: "O que é que nós fizemos? Deixamos partir os nossos escravos israelitas!" O Faraó mandou aprontar seu carro e levou consigo suas tropas: seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito, com oficiais sobre todos eles. Javé endureceu o coração do Faraó, rei do Egito, e este perseguiu os filhos de Israel, que saíram ostensivamente.
Perseguindo com todos os cavalos e carros do Faraó, os cavaleiros e o exército os alcançaram quando estavam acampados junto ao mar, em Piairot, diante de Baal Sefon. Quando o Faraó se aproximou, os filhos de Israel levantaram os olhos e viram que os egípcios avançavam atrás deles. Cheios de medo, clamaram a Javé, e disseram a Moisés: "Será que não havia sepulturas lá no Egito? Você nos trouxe ao deserto para morrermos! Por que nos tratou assim, tirando-nos do Egito? Não é isso que nós dizíamos a você lá no Egito: 'Deixe-nos em paz, para que sirvamos aos egípcios'? O que é melhor para nós? Servir aos egípcios ou morrer no deserto?" Moisés respondeu ao povo: "Não tenham medo. Fiquem firmes, e verão o que Javé fará hoje para salvar vocês. Nunca mais vocês verão os egípcios, como estão vendo hoje. Javé combaterá por vocês. Podem ficar tranquilos".
Javé disse a Moisés: "Por que você está clamando por mim? Diga aos filhos de Israel que avancem. Quanto a você, erga a vara, estenda a mão sobre o mar e divida-o pelo meio para que os filhos de Israel possam atravessá-lo a pé enxuto. Eu endureci o coração dos egípcios, para que eles persigam vocês. Assim eu mostrarei a minha honra, derrotando o Faraó e seu exército, com seus carros e cavaleiros. Quando eu derrotar o Faraó com seus carros e cavaleiros, os egípcios ficaram sabendo que eu sou Javé".
O anjo de Deus, que ia na frente do exército de Israel, se retirou para ficar na retaguarda. A coluna de nuvem também se retirou da frente deles e se colocou atrás, ficando entre o acampamento dos egípcios e o acampamento de Israel. A nuvem se escureceu, e durante toda a noite a escuridão impediu que um se aproximasse do outro.
Moisés estendeu a mão sobre o mar, e Javé fez o mar se retirar com um forte vento oriental, que soprou a noite inteira: o mar ficou seco e as águas se dividiram em duas. Os filhos de Israel entraram pelo mar a pé enxuto, e as águas formavam duas muralhas, à direita e à esquerda. Na perseguição, os egípcios entraram atrás deles com todos os cavalos do Faraó, seus carros e cavaleiros, e foram até o meio do mar. De madrugada, Javé olhou da coluna de fogo e da nuvem, viu o acampamento dos egípcios e provocou uma confusão no acampamento: emperrou as rodas dos carros, fazendo-os andar com dificuldade. Então os egípcios disseram: "Vamos fugir de Israel, porque Javé combate a favor deles". Javé disse a Moisés: "Estenda a mão sobre o mar, e as águas se voltarão contra os egípcios, seus carros e cavaleiros". Moisés estendeu a mão sobre o mar. E, de manhã, este voltou para o seu leito. Os egípcios, ao fugir, foram ao encontro do mar, e Javé atirou-os no meio do mar. As águas voltaram, cobrindo os carros e cavaleiros de todo o exército do Faraó, que os haviam seguido no mar: nem um só deles escapou. Os filhos de Israel, porém, passaram pelo meio do mar a pé enxuto, enquanto as águas se erguiam em forma de muralhas, à direita e à esquerda. Nesse dia, Javé salvou Israel das mãos do Egito, e Israel viu os cadáveres dos egípcios à beira-mar. Israel viu a mão forte com que Javé atuou contra o Egito. Então o povo temeu a Javé e acreditou nele e no seu servo Moisés.
Nessa ocasião, Moisés e os filhos de Israel entoaram este canto a Javé:

SAGRADA, Bíblia. Êxodo, 13-15.

Texto 05:

Minha força e meu canto é o Senhor!
Salvação ele se fez para mim!

Cantemos a Deus que nos libertou
das mãos do inimigo dos pés do opressor!

Cantemos a Deus que nos libertou. Cavalos
a carros no mar afogou!

Cantemos a Deus que nos libertou.
Soldados e chefes vencidos deixou!

Cantemos a Deus que nos libertou. No
longo deserto com a gente ele andou!

Cantemos a Deus que nos libertou. Na fome
e na sede nos alimentou!

Cantemos a Deus que nos libertou. A lei da
justiça pra nós ensinou!

Cantemos a Deus que nos libertou. A terra
bendita a nós entregou!

Link: http://letras.terra.com.br/ze-vicente/1419620/

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